Apesar das ruínas, tanto tempo nenhum: Joaquim Manuel Magalhães, Luís Quintais e Rui Pires Cabral

Autores

  • Joana Matos Frias

Palavras-chave:

poesia portuguesa, Rui Pires Cabral, Joaquim Manuel Magalhães, Luís Quintais, decadentismo, melancolia, tempo, ruína, história, progresso

Resumo

Procurando problematizar alguns princípios que dizem respeito à constituição de uma estética decadentista finissecular em língua portuguesa na passagem do século XIX para o século XX, este trabalho pretende apresentar uma reflexão sistematizante sobre algumas questões decisivas da poesia portuguesa das últimas décadas do século XX, a partir da abordagem articulada das obras poéticas de três autores (Joaquim Manuel Magalhães, Luís Quintais e Rui Pires Cabral) que produ­ziram livros e estudos críticos determinantes no período que marca a transição entre os séculos XX e XXI. Neste sentido, e a partir da leitura crítica concentrada funda­men­talmente em produções dos anos 80-90, o estudo visa uma perspectivação integrada de certas especificidades discursivas, temáticas e poetológicas das obras, com vista a uma ponderação mais alargada que coloque em destaque os traços próprios de uma certa linhagem da poesia portuguesa do final do século XX, de consequências notórias na constituição da poesia portuguesa do início do século XXI. Crise e crítica, história e decadência, regresso e progresso, o lugar e a morada, música e melancolia, restos e ruínas: eis alguns dos motivos que atravessam e estruturam os versos destas três obras, e que se revelam cruciais para a análise da função que elas desempenham no panorama da literatura portuguesa do final do século XX.

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Publicado

2015-10-30

Como Citar

Frias, J. M. (2015). Apesar das ruínas, tanto tempo nenhum: Joaquim Manuel Magalhães, Luís Quintais e Rui Pires Cabral. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (6). Obtido de https://elyra.org/index.php/elyra/article/view/105

Edição

Secção

Artigos