Novo velhíssimo encontrado perdido: Notas para uma ideia de colagem a partir de Mário Cesariny
Palavras-chave:
colagem, poesia, surrealismo, tempo, espaçoResumo
“Porque o ponto zero – é a colagem”, eis a espantosa observação com que nos deparamos numa carta de Mário Cesariny a Alberto Lacerda. Ela servirá de mote para o conjunto de anotações que se apresentam aqui, situando-nos, desde logo, algures a meio de um infindável processo, cujo início irremediavelmente se perde nos confins do tempo (e do espaço, presume-se). Que podemos deduzir, conservando-a no horizonte? E quais as bases da afirmação peremptória que encerra? Daremos resposta a estas interrogações, sem perder de vista o que consideramos ser uma perspectiva, mais vasta, sobre o devir da arte a uma escala trans-histórica e planetária, que a ideia de colagem do autor parece pressupor.