Tensões e Implicações entre Poesia e Resistência na Contemporaneidade Portuguesa

Autores

  • Rosa Maria Martelo

Palavras-chave:

Poesia, resistência, tempo, fóssil, Alberto Pimenta, Carlos de Oliveira, Manuel Gusmão

Resumo

A heterogeneidade das práticas discursivas a que damos o nome de poesia reflecte-se em diferentes conceitos de resistência, tão variáveis quanto as poéticas que lhes estão associadas. “Não há opressão maior e mais infame que a da língua”, escreveu Alberto Pimenta, e a poesia desenvolve mecanismos de resistência que assentam na consciencialização deste facto. Mas, por outro lado, talvez se tenha vindo a criar alguma resistência aos usos que a poesia de tradição moderna reivindicou para “as palavras da tribo”. Reportando-se ao mundo contemporâneo, Pimenta constatava recentemente: “nesses trilhos da obediência, ouve-se às vezes dizer que em certo lugar do caminho faltam 4 médicos, ou 4 juízes, ou 4 pedreiros, ou 4 motoristas, ou 4 fiscais, mas jamais se ouvirá dizer que faltam 4 poetas. Ainda bem”. Porquê “ainda bem”? Por que precisa a poesia deste estar à margem? E se não faz falta (?), por que razão continua? As “operações” poéticas de Alberto Pimenta e os diálogos que estas mantêm (ou recusam) com outras poéticas portuguesas contemporâneas serão o ponto de partida para algumas possíveis respostas.

Downloads

Publicado

2013-12-02

Como Citar

Martelo, R. M. (2013). Tensões e Implicações entre Poesia e Resistência na Contemporaneidade Portuguesa. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (2). Obtido de https://elyra.org/index.php/elyra/article/view/25

Edição

Secção

Artigos