A poetisa e sua mestra
Resumo
No início dos anos 2000, Adília Lopes afirmava que os seus modelos de escrita eram Sylvia Plath, Ruy Belo e Sophia de Mello Breyner Andresen. Esta última virá a ser referida, numa entrevista, como sua mestra, o que explica que o diálogo com Sophia seja uma constante na obra dessa autora ao longo dos anos. Inicialmente marcado por uma atitude de contraposição entre um ideal clássico (defendido por Sophia) e a defesa da imperfeição (por parte de Adília Lopes), esse diálogo se fundamenta numa busca comum do rigor e da depuração da língua, que em cada uma leva a diferentes concepções do que seja a palavra justa.