Murilo Mendes, a disciplina do indisciplinado
DOI:
https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely17a7Resumo
Com a rebeldia de um autodenominado “menino experimental” Murilo Mendes cria uma distância crítica entre a consciência poética e a sua liberdade de atuação. É uma caracterização que marca, retrospectivamente, a sua produção literária toda, desde os textos iniciais da década de 1930 até os últimos produzidos nos anos de 1960 e 1970. A indisciplina desafia normas e introduz na sua produção inovações temáticas e gráficas, incluindo jogos linguísticos, o kitsch, os grafitos, a miniaturização e novas tendências das artes visuais e comunicação eletrônica. Murilo fica sempre atento à independência da palavra e à musicalidade do texto. A indisciplina vira fonte de expressão e método, portanto, uma disciplina às avessas que percorre a sua imaginação poética.