Arquivos Afro-diaspóricos: a voz do enigma na literatura negra-feminina brasileira

Autores

  • Heleine Fernandes de Souza PACC-UFRJ / Laboratório Estudos Negros

DOI:

https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely18a2

Resumo

Partindo da reflexão de Alice Walker, a respeito da necessidade de a pessoa negra intelectual estar duplamente preparada, pois “não há apenas um mundo novo a ser conquistado, há um mundo antigo a ser reivindicado”, penso a respeito da construção de arquivos afro-diaspóricos na literatura negra-brasileira, especialmente a produzida por autoras. Escolho duas obras que dão uma imagem desses arquivos: o conto “Exu e a lagartixa”, de Mãe Beata de Yemojá, do livro Caroço de Dendê (1997) e o poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo, do livro Poemas da recordação e outros movimentos (2008). Em diálogo com o pensamento de Sueli Carneiro, Lélia Gonzales, Luis Rufino e Achille Mbembe, trato das características e modos de construção destes arquivos antirrascistas, que se guiam por epistemes não brancas e não eurocentradas, e em como a literatura negra-feminina brasileira têm contribuído para a restituição de presenças, vibrações e vestígios. Neste sentido, a voz traduzida na escrita se revela fundadora.

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Publicado

2022-01-17

Como Citar

Souza, H. F. de. (2022). Arquivos Afro-diaspóricos: a voz do enigma na literatura negra-feminina brasileira. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (18), 29–41. https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely18a2

Edição

Secção

Artigos