Ilhas da voz – paisagem e criação na prosa de Herberto Helder
DOI:
https://doi.org/10.21747/21828954/ely19a2Resumo
O artigo apresenta uma leitura “parcialíssima” da produção em prosa de Herberto Helder com o intuito de compreender os condicionamentos pelos quais se dá a emergência de uma voz propriamente literária e que parecem estar ligados a um elemento aí recorrente, qual seja, o da ilha (em sua forma literal, por assim dizer, ou em transfigurações). Trata-se de uma leitura parcial pois baseada em um estudo não circunscrito e sistemático dessa obra e de sua fortuna crítica, mas motivada em estabelecer relações com uma produção contemporânea em prosa que serve de referência, assim como a de Helder, à minha própria produção textual. O artigo se vale ainda, em muitos momentos, de figuras especulares e de duplos – que, assim como a ilha, remetem ao “voltar-se a si mesmo” – para entender a emergência da voz literária como “uma outra voz”.