Repetição e plagiotropia, a presença da leitura na escrita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21747/21828954/ely22a1

Resumo

partir da definição de Haroldo de Campos da plagiotropia em O Arco-íris Branco (1997), das reflexões de Jerome McGann sobre a textualidade em The Textual Condition (1991) e de Manuel Portela sobre a intertextualidade em Literary Simulation and the Digital Humanities (2022), o presente trabalho pretende pôr em paralelo os processos de escrita de Fernando Pessoa, Jorge Luis Borges e Enrique Vila-Matas por meio da relação leitura-escrita. A plagiotropia (do grego, plágios, oblíquo, que não é em linha reta) seria, para Campos (1997: 49), a derivação oblíqua ou ramificada que descreve “o desenrolar do processo literário como releitura ‘polifónica’, antes por desvios do que por traçado reto, da tradição. Uma ‘semiose ilimitada’ (Peirce) ou ‘infinita’ (Eco), em que cada novo texto funcionaria como interpretante do fundo textual anterior, ao mesmo tempo em que o deslocaria para um novo plano produtivo”. Para McGann, os textos, além de variarem no tempo, variam de si mesmos quando se envolvem com os leitores que antecipam. Para Portela, a intertextualidade é a condição geral da textualidade enquanto possibilidade de leitura e possibilidade de escrita. Com base nos marcos teóricos e no corpus, pretende-se mostrar a escrita a partir e depois de outros textos.

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

Giménez, D. (2023). Repetição e plagiotropia, a presença da leitura na escrita. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (22), 13–27. https://doi.org/10.21747/21828954/ely22a1