Voz e arquivo: Eleonora Fabião, Ricardo Chacal e Ricardo Domeneck

Autores

  • Thadeu C. Santos PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely18a14

Resumo

A voz, em contato com o arquivo, empresta ao texto o som da poesia. Assim, o consumo do arquivo pela voz não reconhece limites entre o fato e o poético. Ao mesmo tempo em que tal empréstimo se dá, também se dá uma tomada inadvertida. A voz se apossa do arquivo para recolocá-lo em cena. Transforma a materialidade gráfica em materialidade sonora, o código em ambiente. Rouba o dizer apenas por um momento. Logo em seguida, recusa a posse e segue adiante. Assim são as vozes de Eleonora Fabião, Ricardo Chacal e Ricardo Domeneck. É a partir dessas dinâmicas da leitura deles que observamos como a voz oferece sua vibração à escuta. Então, o poema é e não é uma informação. É e não é o exercício de autoria. Nesse jogo entre arquivo e repertório (Taylor 2013), o poema é uma performance em comunhão que, presente de corpo a corpo, sobrepõe temporalidades. Corta o passado no ato presente. Torna o arquivo uma moenda do tempo histórico.

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Publicado

2022-01-17

Como Citar

Santos, T. C. (2022). Voz e arquivo: Eleonora Fabião, Ricardo Chacal e Ricardo Domeneck. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (18). https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely18a14

Edição

Secção

Artigos