Uma Terra de Ninguém com Gente Dentro: A(s) Impureza(s) da Poesia
Abstract
A terra de ninguém com gente dentro é habitada por quem escreve e por quem lê, mas é também a terra daqueles e daquelas que antes a foram habitando, ainda que muitas vezes não pudessem chamar-lhe pátria. A minha terra de ninguém com gente dentro é, porque de gente feita, uma terra impura, de corpos e de vozes daqueles e daquelas que antes de mim tiveram voz. E ainda as vozes dos que vivem ao meu lado, temporal e espacialmente, e que tantas vezes não lhe têm direito.