Entre a perda e a queda poética: "Desterro", de Camila Assad, ou como construir colectividade a partir de uma 'escrita por apropriação'

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely17a15

Resumo

O presente artigo tem como objeto de análise o livro de poemas Desterro de Camila Assad, publicado em 2019 pela Editora Macondo. A leitura proposta parte da polissemia do título para examinar os três eixos que se sobrepõem na obra: cidade, mulher e poema. Em primeiro lugar, examinamos a incorporação de elementos visuais, espaciais e traços de oralidade, para aprofundar em um tipo de escrita que pretende construir poemas, ao mesmo tempo que cidades, a partir de uma perspectiva feminina. Em seguida, concentramos nossa análise nas técnicas de escrita utilizadas pela autora: argumentamos que, através dos vários processos apropriação e transcrita, a poeta organiza novas coletividades e reivindica seu lugar, como também o de suas predecessoras, tanto no campo literário como no espaço público. Obra indisciplinada, ousada e lúdica, Desterro apresenta um périplo literário em que, despois da perda e da queda, a voz poética sai reforçada e ganha um corpo social através da assimilação (explícita) de leituras e escutas.

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Publicado

2021-07-21

Como Citar

Giménez, I. . (2021). Entre a perda e a queda poética: "Desterro", de Camila Assad, ou como construir colectividade a partir de uma ’escrita por apropriação’. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (17), 239–256. https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely17a15

Edição

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Artigos