Repetição e Instrução: Para uma Crítica da (In)operatividade Cibertextual
DOI:
https://doi.org/10.21747/21828954/ely22a10Abstract
O presente artigo procura fazer uma contribuição para uma crítica da (in)operatividade, enquadrada pela cibertextualidade, e esboçada através de dois conceitos ou, mais especificamente, duas operações: repetição e instrução. A partir desta matriz conceptual, e na senda de alguns debates provenientes de campos como a teoria da literatura, da textualidade, da arte contemporânea e da teoria da técnica e dos media – ou das técnicas culturais –, explorar-se-ão configurações programáticas, diagramáticas, cibernéticas, algorítmicas e computacionais da cibertextualidade. Debruçar-nos-emos sobre certos constrangimentos do grupo OuLiPo – questionando a célebre La Vie mode d’emploi (1978), de Georges Perec, e Comment j’ai écrit un de mes livres (1987; 1984), de Italo Calvino –, para, de seguida, pensar obras como ÁRVORE (2018), de Rui Torres, DEFOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOREST (2016), de Joana Moll, degenerative (2005) e AMAZON (2019), de Eugenio Tisselli, ou ainda Tango For Us Two/Too (2019; 2022) de Joana Chicau. Na esteira destas reflexões, concluir-se-á com um apelo à ciberliteracia.