Haroldo de Campos: um caso concreto-barroco
DOI:
https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely17a3Resumo
Este trabalho se propõe a analisar a escritura poética de Haroldo de Campos, que aproxima uma linguagem barroca de uma linguagem concreta, exemplificando este suposto paradoxo por meio da obra A Máquina do Mundo Repensada. Augusto de Campos, seu irmão, o definia como uma espécie de “concreto-barroco”, capaz de unir em sua produção essas duas facetas aparentemente contraditórias. A defesa da inclusão do barroco brasileiro na formação da literatura nacional feita por Haroldo reverberou também em sua obra, deixando rastros barroquizantes em seus escritos, como será mostrado em seguida. Finalmente, as análises feitas neste artigo nos conduzirão a um gesto de leitura analógico e icônico, priorizando as similaridades trazidas pelas analogias, que nos permitirão conceber a existência de caminhos opostos compartilhados em um mesmo texto.