Cesariny de pé e com os braços muito abertos: o poeta em expansão
DOI:
https://doi.org/10.21747/2182-8954/ely17a9Resumo
Mário Cesariny foi frequentemente instado por críticos e entrevistadores a que se definisse: é poeta ou pintor? Respondendo que não há diferença entre as duas denominações, o artista apresenta uma concepção de poesia que extravasa até mesmo a produção de qualquer objeto. Neste artigo, visitamos a bibliografia recente que se dedicou a investigar a relação entre poesia e imagem em sua obra e, em seguida, analisaremos algumas criações suas que apontam uma reelaboração da figura do poeta a partir de uma variedade de “fazeres” e que pressupõem uma desespecificação do objeto artístico e, consequentemente, do poema.