Re(in)sistindo: Textos e Contextos da Casa Amarela

Autores

  • Rui Miranda

Palavras-chave:

Estética, Política, Jacques Rancière, Dissensualidade, João César Monteiro

Resumo

Partindo da intrínseca relação entre estética e política (Rancière), este artigo aborda a forma como Recordações da Casa Amarela (João César Monteiro, 1989) configura uma postura crítica e de resistência da arte perante ordens (políticas, estéticas, económicas) impostas. Analisando os textos e contextos de diferentes filmes de Monteiro que abordam, simbólica e fatualmente, as “orlas” do social, concluir-se-á que o cinema enquanto prática de resistência ao “consumo” fácil não implica falta de compromisso com o que é filmado. A articulação de diferentes estilos, registos e referências configura um modus operandi que está sujeito apenas a uma “ordem fílmica” (Monteiro) sem que, no entanto, tal implique fechamento a outras artes e a outras partes da sociedade. Pelo contrário, a autonomia estética do cinema de Monteiro é a condição de possibilidade de reconfigurações e infiltrações políticas e estéticas, permitindo estabelecer novas relações e dando visibilidade ao que até então é consensualmente ignorado.

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Publicado

2013-12-03

Como Citar

Miranda, R. (2013). Re(in)sistindo: Textos e Contextos da Casa Amarela. ELyra: Revista Da Rede Internacional Lyracompoetics, (2). Obtido de https://elyra.org/index.php/elyra/article/view/33

Edição

Secção

Artigos